A semana foi marcada por incertezas políticas e dados mistos entre as principais economias. Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo entrou na terceira semana, atrasando a divulgação de vários indicadores econômicos. Parlamentares sugeriram uma possível resolução, mas nenhum avanço concreto foi alcançado antes do fim de semana. A paralisação também aumentou a volatilidade nas expectativas sobre a política do Federal Reserve (Fed). O mercado continua confiante em um corte de 25 pontos-base na reunião de 29–30 de outubro, mas os dirigentes têm poucos dados novos para orientar suas decisões. O índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro, divulgado em 24 de outubro, subiu 0,3% no mês e 3,0% no ano, ligeiramente acima das previsões.
O preço do ouro despencou bruscamente entre segunda e terça-feira, apagando os ganhos da semana anterior e provocando forte volatilidade. A queda foi de cerca de 6% nesses dois dias — a maior queda diária em mais de uma década — e ocorreu sem um gatilho de notícia claro. Os investidores agora se perguntam: após nove semanas consecutivas de alta, isso foi apenas uma realização de lucros ou o primeiro sinal de algo mais sério?
O aumento dos preços do petróleo no início de 2025 tornou os custos de energia um dos principais fatores por trás do crescimento da inflação. As expectativas de inflação elevadas das famílias norte-americanas levaram os investidores a utilizar o petróleo como uma estratégia de proteção contra a inflação. O mercado de petróleo agora desempenha um papel fundamental na determinação das taxas de inflação, do valor do dólar e do sentimento do mercado.
Os mercados dos EUA começaram a semana com volatilidade, à medida que o fechamento do governo entrou na terceira semana, atrasando a divulgação de dados econômicos importantes. Autoridades do Federal Reserve (Fed) intervieram para preencher o vazio, reafirmando uma inclinação para uma flexibilização gradual da política monetária. A inflação subjacente continua elevada: o núcleo do índice PCE dos EUA ficou em torno de 2,9% em termos anuais em agosto. Com o adiamento da divulgação do CPI (agora reagendada para o final de outubro), o mercado permaneceu focado nos sinais vindos do Fed.
O Bitcoin fez de novo — ultrapassou a marca de 125.000 USD e sacudiu o mercado. Em apenas alguns dias, o preço subiu cerca de 14%, trazendo de volta uma volatilidade que não se via há meses. O sentimento mudou rapidamente — da cautela para a euforia — com muitos atribuindo o movimento às entradas em ETFs, à busca por ativos de refúgio e a uma onda de compras institucionais.